segunda-feira, 12 de março de 2012

A Qualificação e as melhores oportunidades


* Ricardo Carreira

Em um país de desempregados, segundo o IBGE, cerca de 10 milhões, temos um contra-senso, pois a Federação das Indústrias de São Paulo FIESP, anunciou em maio de 2010, que vários setores estão com carência de mão-obra, somando todas as regiões do Brasil, segundo estimativa da própria FIESP, essa insuficiência pode chegar a um milhão de vagas.

Realmente estamos em um dilema, vários desempregados e muitas empresas precisando de funcionários. A resposta está na qualificação, tema da nossa coluna de hoje, muitas oportunidades dependem de conhecimento técnico aprofundado, conhecimento em gestão além boa base comportamental e de relacionamento.

Diante dessa realidade a melhor alternativa é a capacitação, é a busca pelo conhecimento contínuo, não podemos apenas imaginar, que o conhecimento na escala mais alta(o nível superior), é a única saída para novas oportunidades.

Lembramos que, das oportunidades ociosas, muitas estão no campo técnico profissionalizante, com vagas na indústria de base, energia e tecnologia. Com salários convidativos e pontos de emprego praticamente no Brasil inteiro, mas principalmente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Pernambuco, Goiás e Maranhão.

Verificando as oportunidades observamos que o nosso estado, o Maranhão, já está sendo colocando entre os mais procurados para novos investimentos, conseqüentemente com maior necessidade de mão-de-obra qualificada.

Em recente entrevista a rádio CBN, o presidente do conselho de administração da Susano Papéis, Antonio Neto, salientou: “Preocupação com o capital humana no estado Maranhão”. Uma observação como essa mostra que um estado que passou muitos anos sem desenvolvimento ou evolução técnica, deixou um legado de baixa qualificação local, exemplo semelhante ocorreu na Bahia, precisamente na região de Camaçari, que viveu grandes transtornos na década de 90 do século passado, quando da implantação do seu pólo industrial.

A solução é qualificação, não podemos fugir dessa necessidade, cabe aos empresários da educação, aos gestores públicos e a população em geral, maior interessado, desenvolver planos de massificação do conhecimento, em todos os níveis, seja técnico, superior tecnólogo e superior tradicional, além das variáveis advindas da pós-graduação, outra nível de qualificação que desponta com boas oportunidades.


* Ricardo Carreira é Especialista em Logística, Mestre em Gestão de Negócios, Professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Consultor Empresarial e Diretor de Negócios da Escola de Negócios Excellence